As festas são um 
carnaval característico associado ao género humano. Existem festas de origens e formas muito diferentes, com significados diferentes. É essa diversidade, sem dúvida, a que traduz o papel chave que o festivo, em geral, cumpre na nossa existência.
Podem surgir espontaneamente de factos não procurados, mas mais frequentemente são eventos culturalmente partilhados; alguns deles relacionados com o ciclo de vida individual, com a família, o bairro, o povo, a cidade ou até o país.
O carnaval enquadra-se numa festa de estação no ciclo anual e é um ritual. Um ritual festivo que é uma representação. Em todos os rituais existe uma grande preocupação com os preliminares, a localização e decoração do espaço festivo, a indumentária, os instrumentos, a música, as pessoas que participam…
Os rituais festivos absorvem uma grande quantidade de recursos e uma grande variedade de objetos, atividades e manifestações artísticas. Quando todos estes elementos foram ultimados e reunidos começam a integrar-se, gradualmente, criando o ambiente festivo adequado para expressar o seu objetivo final.
No contexto africano o Carnaval não é uma festa muito difundida. Durante muito tempo só se conheciam os carnavais de Cabo Verde e os da Ilha Reunião. Mas o facto de o carnaval ter sido levado às culturas africanas
as culturas africanas foi determinante no surgimento de muitos carnavais na América Latina e Caribe.
Isto ainda torna mais surpreendente o carnaval das Bijagó, na Guiné Bissau. Uma surpresa antropológica de grande beleza estética e profundo interesse cultural, alguns autores tentaram ver nas máscaras de touros que se usam nos carnavais de Barranquilla, na Colômbia, a representação do touro da máscara bijagó, que usavam no Arquipélago Bijagó nos seus barcos de guerra e continuam a ser usadas em cerimónias de iniciação.
A recuperação, por parte do povo Bijagó, desta tradição esquecida nas Ilhas de Orango, é mais um aliciante para visitar este paraíso natural carregado de cultura. Um carnaval diferente, um espectáculo que prende o espetador com a sua magia, a força das suas representações culturais, as danças tradicionais e a música Bijagó que inunda toda a cena e preenche a alma.
Mais uma desculpa para conhecer a Guiné Bissau.
